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El Estadão / Moisés Naím e tradução de Terezinha Martino
A eleição de Donald Trump foi unicamente uma manifestação das forças que mantêm a sociedade dos Estados Unidos dividida, estremecida, confusa. Os grandes problemas desse país são conhecidos: desigualdade, racismo, terrorismo, dificuldade para se chegar a acordos políticos e uma reduzida influência internacional.
El Estadão / Moisés Naím e tradução de Terezinha Martino
Como se sentiriam os espanhóis se um governo com tendência autoritária convocasse eleições antecipadas nas quais os partidos de oposição seriam proibidos de disputar, seus principais dirigentes estariam presos ou exilados e o tribunal eleitoral controlado pelo presidente que pretende ser reeleito?
El Estadão / Moisés Naím e tradução de Roberto Muniz
A cada dia, 1,5 bilhão de jovens em todo o mundo entram em prédios chamados escolas ou colégios. Ali, passam longas horas em salas nas quais alguns adultos tentam ensiná-los a ler, escrever, fazer contas, ciências e outras coisas. Isso custa 5% do que a economia mundial produz em um ano.
El Estadão / Moisés Naím e tradução de Terezinha Martino
A sangrenta guerra civil no Sri Lanka entre os Tigres de Libertação da Pátria Tâmil e o governo do país durou mais de um quarto de século. Uma boa parte do dinheiro que financiou o grupo era proveniente de tâmeis radicados no Canadá, Reino Unido e outros países. O apoio financeiro da diáspora tâmil contribuiu para prolongar o conflito armado. O mesmo ocorreu na Irlanda do Norte.
El Estadão / Moisés Naím e tradução de Claudia Bozzo
A boa notícia é que o mundo está farto da corrupção. A má notícia é que a forma como a estamos enfrentando é ineficaz. Buscamos governantes que sejam heróis honestos em vez de promover leis e instituições que nos protejam dos desonestos.
El Estadão / Moisés Naím e tradução de Terezinha Martinho
A segunda guerra civil nos Estados Unidos será mais devastadora do que a de 1861. Neste conflito morreram mais americanos do que todos os que pereceram nas guerras nas quais o país se envolveu desde então. Mas a segunda guerra civil que deve sobrevir no final deste século será muito pior. A nação ficará dividida entre os Estados “vermelhos” do sul e os “azuis” do norte. A mudança climática terá alterado drasticamente as fronteiras e modos de vida. O Estado da Flórida, por exemplo, já não existirá e se poderá navegar com mais facilidade pelo que então se chamará Mar da Flórida. Um ataque terrorista disseminará um novo agente biológico, desencadeando uma pandemia que vai durar uma década, com a morte de mais de 110 milhões de pessoas.
El Estadão / Moisés Naím e tradução de Claudia Bozzo
Se as areias movediças são perigosas, as fronteiras movediças são ainda mais. Enquanto a areia movediça traga pessoas, as fronteiras que se movem engolirão sociedades inteiras.
Há 70 anos, Hitler queria mudar as fronteiras da Europa e o império japonês, as da Ásia. Essas tentativas custaram a vida de 3% da humanidade. No final dessas guerras, milhões de sobreviventes encontraram-se dentro de novas fronteiras, algumas das quais eram asfixiantes e intransponíveis. O muro que dividiu Berlim foi a mais famosa das fronteiras pós-guerra construídas para aprisionar uma nação.
El Estadão / Moisés Naím e tradução de Renato Prelorentzou
O mundo passa por um problema de líderes. Há muitos ladrões, incompetentes ou irresponsáveis. Alguns malucos. Muitos combinam todas essas falhas. No entanto, também temos um problema de seguidores. Em todo lugar, as democracias se veem abaladas por votos de cidadãos indolentes, desinformados ou de ingenuidade superada apenas por sua irresponsabilidade.
El Estadão / Moisés Naím e tradução de Roberto Muniz
O que um agricultor de Iowa, um desenhista gráfico do Chile, um aposentado do Reino Unido e um contador da China têm em comum? Duas coisas: pertencem à classe média de seu país e estão furiosos com seus políticos.
El Estadão / Moisés Naím e tradução de Terezinha Martino
O presidente americano, Donald Trump, e seu governo estão analisando a possibilidade de proibir a importação de petróleo venezuelano pelos Estados Unidos. Segundo a Casa Branca e outras autoridades da administração e também do Congresso, a medida sufocaria a economia venezuelana e acarretaria a queda do regime de Nicolás Maduro.
El Estadão / Moisés Naím e tradução de Terezhina Martino
Ainda é cedo para avaliar o governo de Donald Trump. Mas, graças à sua conduta, aos resultados de seu governo e seus constantes gols contra, algumas coisas já estão claras. Por exemplo, há algumas noções que, antes da chegada de Trump, eram comumente aceitas. Não são mais.
El Estadão / Moisés Naím e tradução de Terezinha Martino
Na coluna da semana passada, abordei uma das maiores surpresas da política internacional dos últimos tempos: a decisão dos EUA de, unilateralmente, ceder espaços de poder nos quais até agora desfrutava de uma ampla liderança. Conclui perguntando: “Quem preencherá o vazio de poder?” Disse que não seria a China. Tampouco acredito que será a Rússia. Então, quem?
El Estadão / Moisés Naím e tradução de Augusto Calil
Uma das surpresas que os historiadores vão estudar durante muitos anos é a decisão dos Estados Unidos de renunciar à liderança mundial. Mais ainda, terão de explicar por que o país o fez de maneira unilateral, sem que ninguém tenha arrebatado o imenso poder que acumulou ao longo do século passado.
El Estadão / Moisés Naím e tradução de Roberto Muniz
Nicolas Maduro não deve continuar presidindo a Venezuela. É difícil dizer qual é seu maior defeito: a cruel indiferença com o sofrimento de milhões de venezuelanos ou a brutal conduta ditatorial? O que indigna mais: sua imensa ignorância ou vê-lo dançando na televisão enquanto nas ruas seus esbirros assassinam jovens indefesos? A lista é longa e os venezuelanos a conhecem – 90% deles repudiam Maduro. Mas não apenas os venezuelanos. O restante do mundo também descobriu – finalmente – o caráter ditatorial, corrupto e inepto de Nicolás Maduro.
El Estadão / Moisés Naím e tradução de Terezinha Martino
Um paradoxo interessante da política mundial observado hoje são as extraordinárias contorções que alguns autocratas fazem para se darem ares de democratas. Por que tantos ditadores criam embustes democráticos elaborados sabendo que, cedo ou tarde, o caráter autoritário do regime será revelado?
Algumas razões disso são bastante óbvias, outras nem tanto. A mais evidente é que o poder político, cada vez mais, é obtido – pelo menos no início – pelo voto, não pelas balas. Por isso os candidatos procuram mostrar uma grande devoção pela democracia embora ela não seja sua preferência.
El Estadão / Moisés Naím e tradução de Roberto Muniz
O presidente americano Donald Trump afirmou, quando ainda era candidato ao cargo, que “poderia parar no meio da Quinta Avenida, em Manhattan, e atirar em alguém que ainda assim não perderia votos”. Provavelmente tinha razão então, e hoje, seguramente, ainda conta com um grande número de seguidores incondicionais. Mas isso não significa que ele seja invulnerável. Sua estadia na Casa Branca pode se ver truncada por uma maciça revolta política ou por um processo judicial que leve a sua destituição.
El Estadão / Moisés Naím e tradução de Roberto Muniz
É normal que presidentes entrem em colisão com opositores políticos e tenham atritos com outros países. Também é usual, e saudável, que governos e meios de comunicação não se entendam. Ou que presidentes enfrentem a burocracia pública que, segundo eles, não executa com o devido entusiasmo as políticas que eles prometeram.
El Estadão / Moisés Naím e tradução de Roberto Muniz
Nos EUA, os homens brancos de meia-idade e com menos escolaridade estão morrendo em ritmo inusitado. Sua taxa de mortalidade é maior que a dos hispânicos ou dos negros da mesma faixa etária e do mesmo nível de educação. A mortalidade dos brancos menos educados também é mais alta hoje que no começo do século. Trata-se de um fenômeno exclusivamente americano, que não ocorre em outros países desenvolvidos.
El Estadão / Moisés Naím e tradução de Terezinha Martino
Nos 22 países do mundo árabe vivem somente 5% da população mundial. Mas 68,5% das mortes no mundo em lutas armadas ocorrem nesses países, dali se originaram 57,5% dos refugiados e 45% dos ataques terroristas globais (dados de 2014). Estas são algumas das aterradoras realidades documentadas no relatório sobre o Desenvolvimento Humano no Mundo Árabe elaborado pelo Programa da ONU para o Desenvolvimento (Pnud).
El Estadão / Moisés Naím e tradução de Celso Paciornik
Há seis anos escrevi o seguinte: “A principal fonte dos conflitos futuros não vão ser os choques entre civilizações, mas as expectativas frustradas das classes médias que definham nos países ricos e crescem nos países pobres.” Meu argumento na ocasião – que agora se confirma – é que as classes médias nos Estados Unidos, nos países da Europa e em outros de maior renda veriam diminuir seu padrão de vida, enquanto na China, na Turquia, na Colômbia e em outros países emergentes a situação econômica dos mais pobres melhoraria.